O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) completa, hoje, 60 anos de criação. A data é uma oportunidade para reforçar a importância estratégica da instituição como um dos esteios do desenvolvimento regional e como instrumento de integração nacional. Sem ela, certamente, o Brasil seria ainda mais desajustado em termos da relação do todo com suas partes.
Basta dizer que, na América Latina, não há outra instituição com esse porte, voltada para tal objetivo e funcionando apenas dentro do paÃs. No Brasil, aliás, se restringe aos nove Estados da Região Nordeste e ao norte de Minas Gerais e do EspÃrito Santo. Tudo isso comandado a partir de Fortaleza, a cidade que tem o privilégio de abrigar sua sede.
O BNB surgiu como consequência da visão desenvolvimentista do governo de Getúlio Vargas e sua meta de dotar o PaÃs de instrumentos capazes de induzir forças motrizes potenciais, em ebulição nas entranhas da sociedade brasileira, a virem à tona e moldarem a nação aspirada por todas as gerações desde 1822.
O que deu mais consistência ao BNB foi, sobretudo, a administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos operacionalizada pela instituição, mas, igualmente, a operacionalização de iniciativas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Sem prejuÃzo de acesso a outras fontes de financiamento nos mercados interno e externo.
Mas é preciso destacar também que o BNB operacionaliza o maior programa de microcrédito da América do Sul e o segundo da América Latina, o que é fundamental para uma justa visão do desenvolvimento. Seus clientes abarcam não apenas agentes econômicos (micro, pequena, média e grande empresa, associações e cooperativas) e institucionais (entidades governamentais federal, estadual e municipal e não governamentais), mas também pessoas fÃsicas (agricultor familiar, mini, pequeno, médio e grande produtor e o empreendedor informal). Enfim, é uma instituição que se tornou imprescindÃvel não apenas ao Nordeste, mas ao Brasil, para viabilizar o sonho de uma nação próspera, social e regionalmente equilibrada e soberana.
Fonte: Jornal O Povo