Envolto em denúncias de corrupção com a participação de funcionários e clientes da instituição, o Banco do Nordeste (BNB) reafirmou ontem, forças no cenário polÃtico e financeiro nacional e internacional. Do lado doméstico, o banco garantiu a possibilidade de incremento de R$ 4 bilhões no capital social, nos próximos dois anos, a partir da aprovação, na Ãntegra, da Medida Provisória (MP) 564, pela Comissão Mista Senado e Câmara dos Deputados.
Do setor externo, o sinal veio da Agência Moody´s Investors Service, que confirmou a perspectiva de estabilidade dos ratings – nota de risco – do BNB, incluindo os de força financeira de bancos, os de depósito e dÃvida de longo e curto prazos, na escala local e estrangeira; e os ratings de depósito, de longo e curto prazo, na escala nacional. No último dia 27, a Fitch, também já havia confirmado a manutenção do rating do banco, em BBB.
MP 564
No novo rito das Medidas Provisórias, o relatório será votado na próxima terça-feira, no plenário da Câmara, seguindo para o Senado para ser votado até o dia 15 de agosto. Editada em três de abril último, a MP 564 tem o desafio de aumentar o estÃmulo à competitividade da indústria brasileira, a partir perspectiva de modernização do parque industrial, do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor nas cadeias produtivas.
Entre os pontos de destaque da MP 564, o relator da matéria, o deputado federal, Danilo Forte, salientou a possibilidade de traçar novos perfis à polÃtica industrial, a partir do protagonismo de todo o setor, nos encontros e seminários com os principais agentes industriais. “Não vejo outra forma de avanço do Nordeste, que não seja pela industrialização”, defendeu o relator.
Ele ressaltou a preservação do papel do BNB como indutor do desenvolvimento do Nordeste, a partir da injeção orçamentária de R$ 4 bilhões no FDNE, e da capitalização de 75% dos dividendos e juros sobre capital próprio do BNB, a partir de 2014. Já o BNDES teve capital ampliado em R$ 100 bilhões.
Dentre as polÃticas públicas para incentivar a indústria, a MP cria a Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias, com a qual pretende reduzir o custo de projetos com securitização e permitir a inclusão, nas coberturas do fundo garantidor de obras de grande vulto, dos riscos das copas das Confederações de 2013, do Mundo, em 2014, dos Jogos OlÃmpicos e ParaolÃmpicos de 2016 e das PPPs dos estados.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste