Calçados: 2º maior potencial no NE

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A classe C é a que representa a maior força na região, com R$ 3,05 bilhões, seguida da classe B, com R$ 1,93 bi

O Nordeste é a segunda região do Brasil com maior potencial de consumo em calçados. De acordo com a pesquisa Pyxis Consumo, do Ibope Inteligência, a população nordestina deve gastar R$ 6,43 bilhões com produtos deste segmento este ano. O valor corresponde a 17,60% do total do País. A localidade fica atrás apenas da região Sudeste, que concentra 50,40% do potencial, com um total gasto de R$ 18,43.

Ainda no Nordeste, segundo o estudo, a classe C é a que tem maior força de consumo, com R$ 3,05 bilhões. Em seguida, aparecem a classe B, com R$ 1,93 bilhões. A classe A é a que aparece no último patamar, com apenas R$ 540 milhões. O Sudeste concentra o maior poder aquisitivo em todas as classes sociais.

A região Sul está em terceiro lugar no estudo, com 17,50% da perspectiva de consumo, o que representa R$ 6,40 bilhões. Entretanto, o consumo per capita anual é o mais alto do País, com R$ 272,60, seguido das regiões Centro-Oeste e Norte, com potencial de R$ 3,12 bilhões e R$ 2,19 bilhões, respectivamente.

No Brasil

A classe B, com 24,45% dos domicílios do País, aparece na pesquisa com o maior potencial de consumo, com R$ 15,68 bilhões, à frente do público C, com 52,38% dos domicílios.

De acordo com o Pyxis Consumo, durante este ano, o brasileiro deverá gastar R$ 36,57 bilhões em calçados.

A indústria brasileira produz mais de 800 milhões de pares de calçados por ano.

Gastos crescem

Os gastos com calçados em todo o Brasil neste ano serão 15,29% maiores do que em 2011, quando a expectativa era de R$ 31,72 bilhões.

Setor no Ceará

A cadeia produtiva calçadista da Região do Cariri apresenta-se como o segmento mais importante da indústria local, com 250 empresas formais, que correspondem a 43,27% das indústrias do setor no Estado. Com isso, são oferecidas 10.205 postos de trabalho, o que corresponde a 15,74% dos empregos diretos no setor do Estado. Em 2011, o Ceará exportou 45 milhões de pares, a maior participação do País, segundo a Abicalçados.

Francal 2012

Em São Paulo, teve início ontem a 44ª Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal). O evento vai até a próxima sexta-feira (29) e promete receber 60 mil pessoas durante os quatro dias. Cerca de mil empresas de todos os estados do País estarão expondo no espaço de 82 mil metros quadrados.

Na abertura do evento, o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso, destacou que as importações cresceram 24% nos cinco primeiros meses de 2012, sinalizando uma queda da produção .

Participação

17,6 é o percentual potencial de consumo de calçados do Nordeste em relação ao total do País. O Sudeste concentra 50,40% da expectativa de gastos

Francal: Ceará tem presença forte

Vinte empresas do setor calçadista cearense estão presentes na 44ª Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal), que teve início ontem e vai até a sexta-feira (29), em São Paulo.

De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Roberto Smith, que esteve na abertura do evento, as nove menores empresas estão expostas juntas, em um estande exclusivo do evento.

“Nós tivemos um apoio muito grande. Foi nos dada uma área para a Adece para recepcionar os empresários do setor calçadista. Temos toda a representação da indústria cearense. As nove menores se reuniram em um estande e os demais nos espaços próprios”, disse.

Cariri é destaque

Das 20 empresas cearenses presentes na feira, 12 são de Juazeiro do Norte e duas de Barbalha. A forte presença da região do Cariri no evento foi salientada por Smith. Empresas de Fortaleza, Guaiuba, Maracanaú, Quixeramobim, Russas e Senador Pompeu também estão expondo suas mercadorias na feira.

Próxima edição no CE

Conforme Smith, na abertura, foi anunciada que a próxima edição do evento será realizada no Ceará. “Uma área de 15 mil metros foi reservada no Centro de Eventos do Ceará (CEC) para a próxima edição. Eu e o Cláudio Frota (diretor de Atração de Investimentos da Adece) estivemos com vários empresários e constatamos que alguns estão dispostos a reativar antigos projetos que não foram implementados no Ceará”, comentou.

Negociações positivas

Os contatos comerciais do primeiro dia do evento devem resultar em prospecções positivas, segundo o presidente. “Já agendamos uma visita a algumas empresas que também estão querendo vir para o Ceará”, disse. (ABS)

 

Fonte: Jornal Diário do Nordeste