CE apresenta 6 projetos que somam R$ 900 mi

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Um dos projetos se refere à criação de três portos secos, no encontro entre rodovias e a Transnordestina

O governo do Estado apresentou, na tarde de ontem, seis projetos para os quais pleiteia recursos do Programa de Desenvolvimento do Produtivo (Prodepro) – iniciativa desenvolvida através de parceria entre o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Somadas, as seis propostas, que se referem sobretudo a investimentos ligados a logística e infraestrutura, totalizam R$ 900 milhões.

Desde ontem e até hoje, representantes dos governos estaduais dos estados do Nordeste, do Espírito Santo e de Minas Gerais se reúnem, na sede do BNB, em Fortaleza, com membros do Banco do Nordeste e do BID, para apresentação e início das definições sobre os projetos que podem vir a ser contemplados pelo Prodepro.

O programa prevê financiamentos de US$ 1,8 bilhão entre os estados, cabendo a BID, BNB e BNDES disponibilizar, cada um, US$ 600 mil.

Os projetos do Ceará foram apresentados pelo secretário de Planejamento, Eduardo Diogo, que preferiu não revelar quais os seis projetos defendidos pelo Estado, uma vez que eles ainda não foram aprovados, estando sujeitos à avaliação do comitê formado pelas instituições financeiras.

Portos secos

O secretário confirmou, contudo, que um dos projetos se refere à instalação de três portos secos no Ceará. No lançamento do Prodepro, no último mês, o governador Cid Gomes anunciou que uma das propostas do governo poderia ser a instalação de portos secos nos pontos de encontro entre a ferrovia Transnordestina e rodovias estaduais e federais.

Áreas para receber

Cid comentou que as prováveis áreas para as três estruturas seriam as regiões Norte, Cariri e Sertão Central. Eduardo Diogo acrescentou que o Estado deverá receber, até o final do próximo mês, um primeiro retorno, por parte do comitê, sobre a avaliação dos projetos ontem apresentados. A meta do Prodepro é financiar projetos que viabilizem o desenvolvimento regional e atraiam a iniciativa privada. O prazo de pagamento dos financiamentos é de até 20 anos, com quatro anos de carência, em condições adequadas para o financiamento de infraestrutura.

De acordo com a chefe da equipe do BID que está em Fortaleza nesta semana, Vera Lúcia Vicentini, o comitê pretende elaborar um estudo, nos estados contemplados pelo programa, que promova uma “visão mais integral” dos estados, apontando os principais gargalos relacionados à atividade produtiva. O estudo, complementa, servirá como uma das bases para a avaliação dos projetos.

Elaboração de projetos

Conforme o assessor da presidência do BNB Alexandre Cabral, parte do US$ 1,8 bilhão poderá ser usada, também, para auxiliar os Estados no processo de elaboração de projetos ou estudo de demandas, caso seja essa a vontade dos gestores. Ele informa ainda que a expectativa do comitê é que a contratação dos financiamentos possa se dar ainda no primeiro semestre do próximo ano.

Cabral ressalta que, no lançamento do programa, era previsto financiamento de U$ 1,2 bilhão, sendo U$ 600 milhões do BNB e igual montante por parte do BID. Agora, o BNDES já se dispôs a financiar outros U$ 600 milhões. Dependendo das avaliações do comitê sobre os projetos apresentados, acrescenta, o valor total dos financiamentos poderá ser ampliado.

 

Fonte: Jornal Diário do Nordeste