Comércio do Ceará movimenta R$ 50,3 bilhões, revela IBGE

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O varejo foi o segmento que apresentou os melhores resultados na receita bruta, unidades e geração de empregos

Impulsionado por fatores como ampliação do crédito, melhorias salariais e redução de juros, o comércio vem registrando significativas expansões ao longo dos anos, reforçando sua importância na economia cearense. Somente em 2010, o setor comercial registrou no Ceará R$ 50,3 bilhões de receita bruta de revenda e de comissões sobre venda, gerada por 62.749 unidades locais. No mesmo ano, o setor empregou 264.061 pessoas, que, juntas, receberam o total de R$ 2,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Os resultados do Ceará ficaram em terceiro do Nordeste, atrás dos registrados pela Bahia e por Pernambuco. As informações fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), referente ao ano de 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A pesquisa reflete a importância do comércio na economia, com destaque para o comércio varejista, que realmente precisa ser visto de forma diferenciada”, destaca o presidente da Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), Luiz Gastão Bittencourt.

Força do varejo

Conforme o estudo, o comércio varejista do Ceará foi o segmento que apresentou os melhores resultados em 2010. No que diz respeito à receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas, o varejo obteve R$ 25,4 bilhões. O comércio varejista também liderou em número de unidades locais com receita de revenda (55.027) e na geração de empregos (206.767).

“Hoje, a maioria dos incentivos são para o atacado. Se o varejo compra do atacado, que já paga imposto, porque o varejo tem que pagar impostos tão altos? Isso afeta não apenas o varejo, mas também o consumidor final. Os atacadistas têm vantagem tributária, embora o varejo seja o grande responsável pela geração de empregos”, enfatiza Luiz Gastão.

Outros segmentos

Após o varejo, o melhore resultado no que diz respeito à receita bruta foi obtido pelo segmento de comércio por atacado, com R$ 16,8 bilhões. Por último, está o comércio de veículos, peças e motocicletas, que teve receita de aproximadamente R$ 8 bilhões.

O atacado também aparece em segundo lugar na geração de empregos (34.933), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (22.361).

Nordeste

Considerando as regiões brasileiras, o estudo mostra que o Nordeste possui os piores salários médios do comércio (em salários mínimos), com 1,4. O segundo pior resultado foi apresentado pelo Centro-Oeste (1,7). Já o Sudeste apresentou um salário médio de 2,0, resultado acima da média nacional (1,8).

O varejo também foi o principal responsável pela geração de empregos na região. Das pessoas ocupadas no setor comercial, 75,7% estavam no varejo.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste