Feira reúne empresas calçadistas

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Setor produz 96 milhões de pares de calçados ao longo do ano, com cerca de 17 mil empregos gerados na região

Empresários do setor calçadista do Cariri se prepararam para participar da 46ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), de 15 a 18 de julho deste ano, em São Paulo. O Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários de Juazeiro do Norte, assinou parceria durante esta semana, com a coordenação da feira, para instalação de um estande coletivo, onde estarão 12 empresas da região, além das que vão estar individualmente.

Os empresários estiveram reunidos no Iu-á Hotel, na cidade, onde foi realizada a apresentação da feira, pela gerente de negócios da Francal, Malu Fiorese Ela destacou o momento que o Brasil está atravessando, principalmente em virtude dos jogos da Copa do Mundo. Por esta razão, a feira passará a acontecer uma semana depois dos jogos, num período atípico em relação a data normal do evento. Além disso, ressaltou a importância do momento, em virtude da organização dos hotéis e reserva.

Para a gerente de negócios, Juazeiro do Norte é um polo que se destaca e vem crescendo a cada ano, e por isso tem uma importância fundamental nas feiras. “A Francal e uma feira que lança as coleções de verão e o pólo do Cariri é essencialmente com produtos voltados para esse segmento”, ressalta.

Crescimento

São fábricas com volumes grandes e importantes, segundo ela, e a cada ano que vem à região fica admirada com o crescimento, investimentos em tecnologias, e a preocupação com o funcionário, quanto à qualificação do mercado, além do contexto de sustentabilidade.

Durante o lançamento, esteve presente com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Roberto Smith e empresários do setor. Smith irá com a comitiva da região para o evento e disse que outras políticas de fortalecimento do setor estão sendo estudadas para região, além de ressaltar a importância do polo calçadista da região.

Para o presidente do Sindindústria, essa participação ao longo desses 15 anos, tem sido de grande importância, no sentido de colocar os empresários do Cariri em contato com as principais novidades do segmento no mercado internacional de calçados, numa das maiores feiras da América Latina. Ele destaca o crescimento do setor ao longo dos últimos anos, inclusive na área tecnológica.

O mercado, segundo ele, está em ascensão, mesmo diante da oscilação na economia, pela necessidade de atender à demanda por calçados populares. Inclusive agora, com a Copa do Mundo, empresários estão investindo em modelos relacionados ao tema. Juazeiro do Norte além de abastecer o mercado interno de calçados tem exportado para países da América do Sul e da África. O polo calçadista é considerado o terceiro maior do Brasil.

Segundo levantamentos do Sindindústria, são 96 milhões de pares de calçados fabricados ao longo do ano, com cerca de 17 mil empregos gerados na região. Conforme Mendonça, esses são números significativos, e mesmo assim, a 13ªedição da Feira de Tecnologia e Calçados do Cariri (Fetecc) neste ano ficará inviabilizada por falta de espaço para a realização da feira. As edições anteriores foram realizadas no Palácio da Microempresa – Sebrae, sendo complementada na área externa, com toldos e toda uma infraestrutura. Conforme os organizadores, será necessária uma área de mais de 6 mil metros quadrados, para inserir o segmento. O evento tornou-se o mais significativo do segmento, atraindo um grande público da região, desde o seu lançamento, contribuindo para a modernização do setor.

Ampliação

A última fábrica de calçados a ser instalada no Cariri foi inaugurada em janeiro, na cidade de Brejo Santo. A Dylli Calçados abre a sua primeira etapa de fabricação e pretende absorver uma mão-de-obra de 2.500 funcionários. O setor tem como meta de crescimento cerca de 12% este ano, acima 50% em 2013.

Atualmente, são cerca de 300 empresas instaladas na região. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários da Região do Cariri (Sindindústria), Antônio Mendonça, a meta é ampliar ainda neste ano as exportações de calçados e também promover um aumento nas vendas no Brasil. Essa realidade tem se configurado ao longo dos anos, pela força que o polo da região tem apresentado. Para se ter uma ideia, o Juazeiro do Norte, onde estão instaladas a maioria das empresas, nos últimos anos tem realizado um trabalho importante de formação de novos profissionais, com a implementação de cursos técnicos.

Além disso, a cada ano são desenvolvidos cursos de design para o segmento, como forma de aperfeiçoar e aprimorar a criação e fortalecer a identidade dos produtos.

Isso porque há uma linha que não está voltada apenas para a confecção de calçados populares, mas de primeira linha no âmbito de produção de calçados em couro bolsas e acessórios, com lojas de fábricas espalhadas por vários pontos do Estado e no Brasil. “Essa é uma das tarefas a que o sindicato se propõe”, afirma o empresário.

Mendonça, que é também secretário de Desenvolvimento Econômico de Juazeiro do Norte, afirma que a intenção nesse momento é atrair novos empreendimentos.

A política de articulação vem sendo feita, com visitas a grandes empresas do segmento em várias partes do Brasil. Na última década foram mais de 10 empresas instaladas e a expectativa é que este ano a região tenha mais duas, a serem implantadas no Distrito Industrial.

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE – 13/04/2013