US$ 4,4 mi em negócios do Brasil na Colômbia

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O montante representa cerca de 2,9% do total de US$ 150 milhões que devem ser gerados durante o evento.

Medellin (Colômbia) Inovação, tecnologia, criatividade e empresários de diversas partes do mundo ávidos por adquirir as novas tendências da moda e, assim, conquistar os consumidores. Este é um pequeno resumo do cenário da 26ª edição da Colombiatex das Américas, um dos maiores eventos da cadeia têxtil e de moda do mundo, que começou na terça-feira (21) e prossegue até hoje (23), em Medellín, Colômbia. O Brasil, com o apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), participa com 16 empresas e a expectativa de gerar pelo menos US$ 4,4 milhões de dólares em negócios durante os três dias de evento. O montante representa cerca de 2,9% do total de US$ 150 milhões em negócios que devem ser gerados durante o período.

O País já possui uma participação consolidada no evento, estando presente há 13 anos consecutivos. Neste ano, com o apoio da Abit, está representado por 16 empresas da cadeia têxtil nacional.

“No ano passado, o Brasil fechou US$ 4 milhões em negócios durante a feira, com uma perspectiva de gerar outros US$ 30 milhões após o evento, a partir dos contados feitos com os compradores de diferentes países. Para este ano, esperamos que o volume seja entre 10% e 15% maior”, afirma Lilian Kaddissi, gerente de Marketing do Texbrasil, programa criado há 13 anos pela Abit, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o objetivo de organizar as empresas brasileiras para a oferta de produtos têxteis e de confecção no mercado internacional.

Consolidação

De acordo com Lilian, o Brasil já possui uma participação consolidada no evento, estando presente há 13 anos consecutivos. “Esta feira é uma das principais plataformas comerciais do mundo”, explica, acrescentando que as empresas brasileiras aproveitam a iniciativa como vitrine para apresentar ao mundo as novidades que possuem.

Neste sentido, a Abit realiza em seu stand, com espaço superior a 100 metros quadrados, desfiles de modas de estilistas brasileiros que utilizam os produtos das empresas nacionais que estão expondo na Colombiatex. “O Brasil é o único país a realizar uma ação de promoção diferenciada durante a feira. Assim, o desfile é um grande diferencial e traz um bom resultado de imagem”, conta.

Além da Abit, entre os representantes do Brasil na feira estão as empresas Audaces, Canatiba, Cataguases, Cedro, Covolan, Delfa, Doptex, Farbe, PH Fit, Rhodia, Rosset, Santanense, Tavex, Vicunha Têxtil, Werner e ainda Zanotti.

Exportações

Sobre os principais mercados consumidores de produtos da cadeia têxtil brasileira, Lilian destaca que a Argentina lidera, com 29% do total vendido pelo País para o exterior. Em seguida, estão Estados Unidos (8%), Uruguai (6%), Paraguai (5%) e Venezuela (5%). “A Colômbia ocupa a 15ª posição nesse ranking, mas participar da feira é importante devido aos acordos que o Brasil possui com a Colômbia, com tarifa diferenciada para exportação, a localização geográfica do país e ao contato que o evento proporciona com compradores de vários países”, afirma Lilian Kaddissi. A maior parte das exportações brasileiras ainda é de insumos, mas a gerente de Marketing do Texbrasil revela que o País trabalha para fortalecer a confecção, cujos produtos possuem maior valor agregado. Além disso, destaca, as empresas brasileiras estão investindo mais em inovação na parte de insumos, criando produtos diferenciados, o que tem contribuído para agregar mais valor aos insumos produzidos.

Mercado colombiano

Em 2012, o Brasil exportou US$ 59,2 milhões em produtos da cadeia têxtil para a Colômbia, de onde comprou US$ 26,4 milhões. Cerca de 97% das exportações foram de insumos e 3% de manufaturados. O denim foi o principal produto exportado, ao lado das fibras e fios especializados. Com esses materiais, a Colômbia, que é muito forte em confecção, elabora pecas como jeans, roupas de banho e peças íntimas.

Denim ´made in Ceará´ é destaque

Dentre os produtos brasileiros expostos na 26ª edição da Colombiatex das Américas, o denim, de acordo com a gerente de Marketing do Texbrasil, Lilian Kaddissi, está entre os que fazem mais sucesso. Não é a toa que o Brasil é hoje o terceiro maior exportador de denim do mundo, atrás apenas da China e da Turquia. Neste ano, o Brasil, assim como os demais países participantes do evento, terá um espaço a mais para mostrar suas novidades neste segmento, o “Denim Day”, promovido pela organização da Colombiatex para ressaltar a importância desse produto em todo mundo, pois “o melhor da vida é vivido com um jeans”.

Participando pela 10ª vez da Colombiatex, a Vicunha Têxtil traz, neste ano, novidades como as linhas Athletic Denim , que possui por dentro o toque e o conforto de um moletom com o visual denim, e o Transforming Denim

Neste segmento, destaca-se a brasileira Vicunha Textil, maior produtora de índigos e brins da América Latina, que possui uma planta industrial no Ceará.

Novidades

Participando pela 10ª vez da Colombiatex, a empresa traz, neste ano, novidades como as linhas Athletic Denim – que possui por dentro o toque e o conforto de um moletom com o visual denim – e o Transforming Denim – criado com uma tecnologia inovadora, que possui o diferencial de proporcionar ao denim diferentes cores e efeitos em lavanderia.

“A Colombiatex é um grande alavancador de vendas. A Colômbia é uma região estratégica para a Vicunha, que possui plantas na Argentina e no Equador, e o evento proporciona negócios com empresas de todos os portes. Eles (os compradores estrangeiros) gostam da nossa tecnologia, da nossa inovação. Além disso, a feira é muito organizada e traz compradores da América Latina e também dos Estados Unidos e da Europa”, destaca o coordenador de Marketing índigo/brim da Vicunha, Francisco José M. Gonzalez.

Sobre o “Denim Day”, ele ressalta que a ação é bem-vinda e que ajuda a fortalecer o segmento. “Voltamos a viver um momento muito bacana do denim”, diz. Já sobre os negócios que devem fechar durante o evento, Gonzalez diz que não pode revelar números, contudo, afirma que “a feira sempre surpreende. A gente realiza grandes negócios e a feira se paga no primeiro dia”, argumenta. Atualmente, conforme o coordenador de Marketing, 40% da produção da Vicunha é comercializada fora do Brasil. Os principais mercados consumidores são Peru, Bolívia, Chile e os Estados Unidos.

“A Colombiatex nos ajuda a reforçar a liderança, o posicionamento e a imagem da Vicunha, que é vista como uma empresa de tecnologia e que tem tido esse reconhecimento no evento”, finaliza o executivo. (DM)

Colombiatex

19 países estão participando da feira têxtil colombiana neste ano
500 empresas expositoras
150 milhões de dólares é a expectativa de geração de negócios
30 mil visitantes são esperados durante o evento
10 mil compradores estão previstos, sendo 1,8 mil estrangeiros

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE